“O capote que a lei áurea deu na reforma agraria dura até hoje “
Por esse capote o
povo brasileiro vive em um atoleiro onde se tem a todo tempo que empurrar
pelo traseiro o desenvolvimento social, educacional, econômico e cultural do
país, no que configura uma nação coadjuvante no cenário mundial.
Em treze de
maio de mil oitocentos e oitenta e oito foi dada como aprovada a Lei Áurea, em
um trocadilho que se faz fiel nessa conjuntura.
“E melhor perder os
anéis do que os dedos “.
Cá para os leitores
dessas linhas que escaparam do analfabetismo e podem ler de carreirinhas...
“Escravos como
anéis e... “
“A terra como os dedos
“
O que estava em
iminência de perder nessa altura eram as terras.
O que pairava entre
bate papos dos abolicionistas era a reforma agrária.
Se tivesse um
caminho a ser seguido teriam que ser feitos com muita água nas moringas, pois,
criaram impostos sobre fazendas improdutivas e distribuíram as terras
para os escravos.
Só um adentro, você
que ler não está perdido no tempo, nem tão pouco no espaço, você está
mesmo no novo testamento.
Daí se cria o
salário mínimo e tudo se resolve...
Calma não pare de
ler!
Bem, voltemos na
conjuntura, mas, agora os anéis estão livres a rolaram por todas as ribanceiras
das cidades do norte ao sul do país.
Agora os anéis têm
que se virar e catar o que for possível para fazerem os seus barracos longe dos
senhores fazendeiros
Se virem, se
agrupem, catem lenha pra cozinharem e já que estão no mato catem carne também, achem
os tatus pebas, vá aos mangues e catem o que por lá nas águas viverem.
E falando de
anéis contemos nos dedos o tempo, pois, o Brasil foi o último país
das Américas a abolir a escravidão, é que temos de mais inusitado na
nação brasileira que olha mais para os anéis que para os dedos.
Perante essa história
temos até hoje uma agricultura produtiva artesanal, assim se ficar sem uma
renda e sem trabalhos, emerge a transferência de cultura agrícola.
O que temos entre a
camada de renda mínima é uma população desprovida de todos os bens
cabíveis a um crescimento do saber estrutural para que a nação brasileira
deixe esse gráfico da miserabilidade acelerando fatores gravíssimos que se
retratam diariamente por uma exposição nas plataformas da internet.
Com todo esse tempo
que passou a reforma agrária nesse momento se faz necessária para trazer uma
produtividade cabível, para se ter uma fartura seja nas cidades, no campo,
ou, no litoral.
Tendo uma base
sólida e comunitária que responda as questões de conservação e preservação dos
elementos naturais, com uma economia sustentável pelo conhecimento das
culturas nativas fortalecidas pela troca da formação popular.
Só assim o
capote dado pelos senhores fazendeiros aos afros brasileiros teria
sumido da vida de uma nação produtiva.
Os pés desse
povo sairiam da lama, a palavra ‘’mínimo’’ seria retirada das conversas das filas
de partilhas de verbas emergências, as carteiras de trabalho passariam
a ser apresentadas no mercado por quem fosse viajante, pois, nas
regionalizações estariam os empreendedores comunitários.
Em meio a uma vida
regrada por conjuntura de uma economia solidária, com moradia, escolaridade,
Meio Ambiente e Arte Popular.
Que venha o canto
do hino nacional.
Num canto alegre e
em um belo diapasão brasileiro!
Por Oziel Souza
Colaboração de R.Maia
‘’A grandeza da fortuna apresenta
o tamanho do atrevimento do capital ‘’
Com essa madeireira nos Estados
Unidos da América em atividade na Califórnia, o atrevimento torna se palavra de
verbo pequenininho.
Quando se trata de relatar um causo
envolvendo o ramo de exploração madeireiro tem sempre um Ativista na linha de
ação contestadora.
E que cada ação de um Ativista seja
sempre de motivação, formação e multiplicação de outros Ativistas.
Assim ocorreu na Califórnia na destruição
de uma floresta dentro de um bioma protagonista com a espécie de arvore sequoia,
de características milenares.
O ano estava caminhando com os faróis
baixos, o calendário trazia preparativos, comemorações, abraços, festividades e
todos com o olhar para o calendário que marcava 10 de dezembro de mil novecentos
e noventa e sete.
Mas o cenário para essa ativista era
uma floresta, uma causa de conservação, preservação, para si e para todos do Planeta
Terra.
Em uma decisão de defender uma
floresta e a espécie sequoia a ativista se atitou amarrada em uma corda de
escalada, sendo parte desse elevador criativo para empreitada humanitária e biológica.
Subindo e subindo por essa corda rumo
a árvore de 55 metros de altura com um diâmetro de 9 metros e nessa escalada
vertical ao extremo a ativista sabia que não estava desenvolvendo um projeto de
planilha, mas, sim o início de uma ação pra impactar além da Califórnia, com um
grito simbólico a Ativista tinha a compreensão da força da grande altura
da espécie sequoia e por vez daquela floresta.
No compromisso de salvar a
floresta ela nem se deu conta que precisava passar por um exame clínico e foi
nas alturas de 25 metros que ao olhar para baixo até mesmo para acenar aos apoiadores
que seu organismo respondeu com sinais de vertigem.
E agora? E agora? Agora é olhar para
as estrias do tronco da sequoia, agora é se soltar do medo e abraçar o tronco
da sequoia, agarrar firme na corda e dar o sinal na sequência a o manejo do
elevador autoral.
E agora é ter muito mais afinidade
nessa decisão. Agora é passar a chamar a árvore por um nome próprio em meio as
demais árvores da floresta e assim foi que a Ativista deu o nome de Luna a esta
árvore.
No juízo se assim pode ser
chamado, um ato dessa espécie humana de viver por uns dois meses em uma árvore com
tamanha altura.
Ainda o juízo da Ativista não tinha a
revelação do período de hospedagem e essa permanência seguia dia após
dia em um espaço de acomodação que tinha como referência o tamanho de uma
cama de solteiro.
Solteira de tudo se encontrava a Ativista.
Tudo que podia ter e querer tinha que ser aceito não pelo seu prazer, seu gosto,
ou sabor, mas, sim pela determinação de uma metragem.
Espaço determinante!
Quem dialogava agora com a Ativista
era o espaço de uma morada improvisada num formato de plataforma.
Nem tudo era de ruim.
A Ativista a tinha a partir de agora
uma invejada varanda nos fortes e longos galhos da Luna que de
tão fortes mais pareciam ser troncos nas alturas.
De certo que era uma varanda de alto
risco que nem pra treinamento de equipe de salvação serve e é nessa varanda que
os alongamentos da Ativista passaram a ser feitos dentro de uma leitura
climática.
Choveu! E agora? Não teve ida a
varanda e nem alongamento.
Choveu e é para debaixo da lona com
os pingos da goteira fazendo o serviço de massagista.
Não se pode negar que a Ativista
tinha uma bela academia nas alturas de 55 metros, estreita sim, mas, sem
instalação de ar condicionado.
Luna já tinha o saber de viver com o
clima das quatros estações, com os grandes ursos a passear ao redor do
tronco e o olhar admirado da Ativista mesmo de tão alto.
Agora no mesmo território de morada e
se não fosse pela ação depredatória da madeireira Luna estaria lá na
floresta com as demais de sua espécie milenar e muitíssimo bem com os ursos.
Mas o clima não dava férias para Ativista
na floresta.
Teve momentos profundos de reflexão na
passagem do vento fortíssimo com rajadas de 150Km por hora sem pedir licença e chega
desmontando tudo, quebrando tudo e rasgando o único insumo de plástico que
servia de parede e teto, o que fez nessa passagem inesperada do vendaval a
Ativista se grudar na árvore e dizer: Me
ajuda Luna! Foi pedir pra Luna fechar seus os olhos, tampar seus ouvidos, pois,
iria chorar e entrar em uma posição uterina para buscar forças ancestrais.
E a tempestade não foi tão
desacolhedora.
Provocante eram as buzinas ao pé
de Luna para não deixar a Ativista dormir...
As cordas cortadas pelos madeireiros
para não chegar alimento pra Ativista...
Com tudo isso a natureza se dispunha de produzir uma
bela exposição climática...
Eis que surge o inverno rigoroso...
Na manhã de inverno surge o Sol dando
a possibilidade nas alturas de Luna acordar a Ativista para ver o belo arco íris.
Nesse audiovisual o som dos ventos
contribuía com a beleza do que era visto.
Tudo passa a ser encantador, tirando
a dor, o medo e a saudade do isolamento.
Os verbos conjugados da criação nos
cinco elementos Terra, Água, Minerais, Fogo e a Árvore, todos em harmonia da
vida orgânica no ritmo do relógio circadiano.
Foi assim que a Ativista e Ambientalista
Julia Butterfly passou os seus setecentos e trinta e nove dias vivendo em uma árvore,
dentro de uma floresta, em prol da causa de defesa de todo um bioma.
Foi assim que Julia venceu o capital exacerbado
imposto por uma madeireira que por séculos explora essa floresta onde
habitam as espécies de sequoias milenares no Estado da California, nos
Estudos Unidos da América.
Quando em 1542 o explorador e navegador
português João Rodrigues Cabrilho a serviço da coroa espanhola dá como
descoberto esse território onde povos nativos lá viviam.
Por Oziel Souza
Colaboração R.Maia
Por Oziel SouzaColaboração: R.Maia
Nenhum comentário:
Postar um comentário