Fotopoesias e Crônicas

O Movimento Cabuçu diz a você Araci.

Momentos de sentir.

Sentir - sentimento nativo tupi-guarani.

Os Guaramomis de hoje sentem a saída de Araci “aquela que é doce como mel”.
Esse é o legado da Araci, meiga, doce por esses cânones.

Admiramos a sua dedicação a uma cidade de aproximadamente um milhão e quinhentos mil habitantes.

Araci protagonizou ao fazer da história a sua história.

Gratos a amiga, gratos a profissional dedicada a construir páginas que fazem refletir.

A sua perda, mais que do que a palavra nativa Araci se tornou contemporânea, você Araci não parte e não deixa, você é memória viva.

Araci presente!

por Oziel Souza
Movimento Cabuçu


“O capote que a lei áurea deu na reforma agraria dura até hoje “

Por esse capote o povo brasileiro vive em um atoleiro onde se tem a todo tempo que empurrar pelo traseiro o desenvolvimento social, educacional, econômico e cultural do país, no que configura uma nação coadjuvante no cenário mundial.

Em treze de maio de mil oitocentos e oitenta e oito foi dada como aprovada a Lei Áurea, em um trocadilho que se faz fiel nessa conjuntura.

“E melhor perder os anéis do que os dedos “.

Cá para os leitores dessas linhas que escaparam do analfabetismo e podem ler de carreirinhas... 

“Escravos como anéis e... “

“A terra como os dedos “

O que estava em iminência de perder nessa altura eram as terras.

O que pairava entre bate papos dos abolicionistas era a reforma agrária.

Se tivesse um caminho a ser seguido teriam que ser feitos com muita água nas moringas, pois, criaram impostos sobre fazendas improdutivas e distribuíram as terras para os escravos.

Só um adentro, você que ler não está perdido no tempo, nem tão pouco no espaço, você está mesmo no novo testamento.

Daí se cria o salário mínimo e tudo se resolve...

Calma não pare de ler!

Bem, voltemos na conjuntura, mas, agora os anéis estão livres a rolaram por todas as ribanceiras das cidades do norte ao sul do país.

Agora os anéis têm que se virar e catar o que for possível para fazerem os seus barracos longe dos senhores fazendeiros

Se virem, se agrupem, catem lenha pra cozinharem e já que estão no mato catem carne também, achem os tatus pebas, vá aos mangues e catem o que por lá nas águas viverem.    

E falando de anéis contemos nos dedos o tempo, pois, o Brasil foi o último país das Américas a abolir a escravidão, é que temos de mais inusitado na nação brasileira que olha mais para os anéis que para os dedos.

Perante essa história temos até hoje uma agricultura produtiva artesanal, assim se ficar sem uma renda e sem trabalhos, emerge a transferência de cultura agrícola.

O que temos entre a camada de renda mínima é uma população desprovida de todos os bens cabíveis a um crescimento do saber estrutural para que a nação brasileira deixe esse gráfico da miserabilidade acelerando fatores gravíssimos que se retratam diariamente por uma exposição nas plataformas da internet.

Com todo esse tempo que passou a reforma agrária nesse momento se faz necessária para trazer uma produtividade cabível, para se ter uma fartura seja nas cidades, no campo, ou, no litoral.

Tendo uma base sólida e comunitária que responda as questões de conservação e preservação dos elementos naturais, com uma economia sustentável pelo conhecimento das culturas nativas fortalecidas pela troca da formação popular.

Só assim o capote dado pelos senhores fazendeiros aos afros brasileiros teria sumido da vida de uma nação produtiva.

Os pés desse povo sairiam da lama, a palavra ‘’mínimo’’ seria retirada das conversas das filas de partilhas de verbas emergências, as carteiras de trabalho passariam a ser apresentadas no mercado por quem fosse viajante, pois, nas regionalizações estariam os empreendedores comunitários.

Em meio a uma vida regrada por conjuntura de uma economia solidária, com moradia, escolaridade, Meio Ambiente e Arte Popular.

Que venha o canto do hino nacional.

Num canto alegre e em um belo diapasão brasileiro!


Por Oziel Souza

Colaboração de R.Maia





    foto de : Press Democrat - www.pressdemocrat.com

’A grandeza da fortuna apresenta o tamanho do atrevimento do capital ‘’

Com essa madeireira nos Estados Unidos da América em atividade na Califórnia, o atrevimento torna se palavra de verbo pequenininho.

Quando se trata de relatar um causo envolvendo o ramo de exploração madeireiro tem sempre um Ativista na linha de ação contestadora.

E que cada ação de um Ativista seja sempre de motivação, formação e multiplicação de outros Ativistas.

Assim ocorreu na Califórnia na destruição de uma floresta dentro de um bioma protagonista com a espécie de arvore sequoia, de características milenares.

O ano estava caminhando com os faróis baixos, o calendário trazia preparativos, comemorações, abraços, festividades e todos com o olhar para o calendário que marcava 10 de dezembro de mil novecentos e noventa e sete.

Mas o cenário para essa ativista era uma floresta, uma causa de conservação, preservação, para si e para todos do Planeta Terra.

Em uma decisão de defender uma floresta e a espécie sequoia a ativista se atitou amarrada em uma corda de escalada, sendo parte desse elevador criativo para empreitada humanitária e biológica.

Subindo e subindo por essa corda rumo a árvore de 55 metros de altura com um diâmetro de 9 metros  e nessa escalada vertical ao extremo a ativista sabia que não estava desenvolvendo um projeto de planilha, mas, sim o início de uma ação pra impactar além da Califórnia, com um grito simbólico a Ativista tinha a compreensão da força da  grande altura da espécie sequoia e por vez daquela floresta.

No compromisso de salvar a floresta ela nem se deu conta que precisava passar por um exame clínico e foi nas alturas de 25 metros que ao olhar para baixo até mesmo para acenar aos apoiadores que seu organismo respondeu com sinais de vertigem.

E agora? E agora? Agora é olhar para as estrias do tronco da sequoia, agora é se soltar do medo e abraçar o tronco da sequoia, agarrar firme na corda e dar o sinal na sequência a o manejo do elevador autoral.

E agora é ter muito mais afinidade nessa decisão. Agora é passar a chamar a árvore por um nome próprio em meio as demais árvores da floresta e assim foi que a Ativista deu o nome de Luna a esta árvore.

No juízo se assim pode ser chamado, um ato dessa espécie humana de viver por uns dois meses em uma árvore com tamanha altura.

Ainda o juízo da Ativista não tinha a revelação do período de hospedagem e essa permanência seguia dia após dia em um espaço de acomodação que tinha como referência o tamanho de uma cama de solteiro.

Solteira de tudo se encontrava a Ativista. Tudo que podia ter e querer tinha que ser aceito não pelo seu prazer, seu gosto, ou sabor, mas, sim pela determinação de uma metragem.  

Espaço determinante!

Quem dialogava agora com a Ativista era o espaço de uma morada improvisada num formato de plataforma.

Nem tudo era de ruim.

A Ativista a tinha a partir de agora uma invejada varanda nos fortes e longos galhos da Luna que de tão fortes mais pareciam ser troncos nas alturas.

De certo que era uma varanda de alto risco que nem pra treinamento de equipe de salvação serve e é nessa varanda que os alongamentos da Ativista passaram a ser feitos dentro de uma leitura climática.

Choveu! E agora? Não teve ida a varanda e nem alongamento.

Choveu e é para debaixo da lona com os pingos da goteira fazendo o serviço de massagista.

Não se pode negar que a Ativista tinha uma bela academia nas alturas de 55 metros, estreita sim, mas, sem instalação de ar condicionado. 

Luna já tinha o saber de viver com o clima das quatros estações, com os grandes ursos a passear ao redor do tronco e o olhar admirado da Ativista mesmo de tão alto.

Agora no mesmo território de morada e se não fosse pela ação depredatória da madeireira Luna estaria lá na floresta com as demais de sua espécie milenar e muitíssimo bem com os ursos.

Mas o clima não dava férias para Ativista na floresta.

Teve momentos profundos de reflexão na passagem do vento fortíssimo com rajadas de 150Km por hora sem pedir licença e chega desmontando tudo, quebrando tudo e rasgando o único insumo de plástico que servia de parede e teto, o que fez nessa passagem inesperada do vendaval a Ativista se grudar na árvore e dizer:  Me ajuda Luna! Foi pedir pra Luna fechar seus os olhos, tampar seus ouvidos, pois, iria chorar e entrar em uma posição uterina para buscar forças ancestrais.

E a tempestade não foi tão desacolhedora.

Provocante eram as buzinas ao pé de Luna para não deixar a Ativista dormir...

As cordas cortadas pelos madeireiros para não chegar alimento pra Ativista...

Com tudo isso a natureza se dispunha de produzir uma bela exposição climática...

Eis que surge o inverno rigoroso...

Na manhã de inverno surge o Sol dando a possibilidade nas alturas de Luna acordar a Ativista para ver o belo arco íris.

Nesse audiovisual o som dos ventos contribuía com a beleza do que era visto.

Tudo passa a ser encantador, tirando a dor, o medo e a saudade do isolamento.

Os verbos conjugados da criação nos cinco elementos Terra, Água, Minerais, Fogo e a Árvore, todos em harmonia da vida orgânica no ritmo do relógio circadiano.

Foi assim que a Ativista e Ambientalista Julia Butterfly passou os seus setecentos e trinta e nove dias vivendo em uma árvore, dentro de uma floresta, em prol da causa de defesa de todo um bioma.

Foi assim que Julia venceu o capital exacerbado imposto por uma madeireira que por séculos explora essa floresta onde habitam as espécies de sequoias milenares no Estado da California, nos Estudos Unidos da América.

Quando em 1542 o explorador e navegador português João Rodrigues Cabrilho a serviço da coroa espanhola dá como descoberto esse território onde povos nativos lá viviam.

 

Por Oziel Souza

Colaboração R.Maia


    foto de: Martin Prochazkacz / Shutterstock.com 


Jubarte... 

Recebe este título por nós encantar como a Artista dos e seus biomas marinhos. Os machados cantam pras fêmeas é o acasalamento romântico, assim como as outras espécies que habitam o ar e a terra Exiba a sua dança ! A ciência não dá pista referindo que é o bailarino, assim pra nós ambos tem nas águas a pista de dança. Outro fator é ser baleia cosmopolita nas águas tropicais, tendo como berçários as águas quente dos trópicos após seu acasalamento. Enquanto passagem cosmopolita alimentam se de crustáceos e pequenos peixes. No século passado sua espécie atingia uma população de 150 mil mas,a caça predatória reduziu este número a 20 mil, colocando a espécie em acesa de extinção. Pela ações do projeto da bacia de Santos está tendo a recuperação da espécie. Uma diferencia de tamanho trás a fêmea entre o macho , a fêmea mede entre 13 a 15 metros enquanto o macho mede de 13 a 17 metros e ambos quando adultos tem um peso próximo a 40 toneladas. Referente a cores fêmeas e machos tem cores com tons de azul e preto ambos com o dorso com texturas acentuadas as nadadeiras medem 5 metros , tornando a expecie de um instrumento apreciável em sua dança, batendo nas águas enquanto salta para fora dando um espetáculos aos olhos Humanos. Que belo espetáculo ! Vamos construir um raciocínio da Amazônia marinha por meio da nossa Artista nas suas diversas linguagem de canto e danças. Nos humanos também temos em nosso cardápio os crustáceos , tais como, camarão lagostas e caranguejos. Dentro dessa seleção de mais 68 mil espécie vivendo em vários biomas da água salgada e doce ,na areia,nas rochas e nos solos úmidos das florestas feitos pela formação das folhas .Até mesmo nos cascos das embarcações como as cracas, tornando uma fonte de renda por se uma tarefa de especialização para as populações locais ,pois as cracas no casco das embarcações diminuem a velocidade das navegações. Como vemos a Artista frequentadora da Amazônia Azul nos levou poeticamente a fonte do saber entre vidas de espécies aquáticas trazendo noções de ecologia e turismo. E nesse cardápio um pitada de filosófica já que os pensadores pré Sócrates como Tales de Mileto tinha na água a fonte do saber. 


                                                                                                                                Por Oziel Souza 
                                                                                                                       Colaboração: R.Maia

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